Três
Pedras
As "Três Pedras" Inseridas neste contexto, estão as
"Três Pedras", com uma extensão de mais de 600 metros de
imponência rochosa de "Arenito de Botucatu", verdadeiros
testemunhos geológicos das transformações nos imensos deserto que
existia na região da atual "Cuesta". A primeira pedra
possui por volta de 40 m. de altura, onde através de uma picada
passamos na sua base para investigarmos possível indício relacionado
ao "Peabirú" e, logo em seguida chegamos até à
"Pedra do Meio", com os seus 200 m de comprimento por volta
de 50 m. de altura, onde realizamos uma escalada para verificarmos
interessantes pistas no seu paredão. Ao lado da mesma encontra-se à
"Terceira Pedra", sendo à menor delas, com seus 80 m de
altura e aproximadamente 30 m de altura. A "Pedra do Meio"
esta relacionada com inúmeros relatos de avistamentos de ÓVNIS,
principalmente durante à noite, onde estranhas formações luminosas
são observadas por moradores locais, entre elas, a Dna. Maria e seu
filho, que já viram por diversas vezes "bolas"de luz
dançando no céu, que designavam com "mãe de ouro" ou
"bezerro de ouro", interpretando o fato como "coisa
ruim" da terra ou "coisa do diabo"; também tivermos a
oportunidade de coletar relatos de formação de grandes fachos de luz
que cortavam o céu à partir destas rochas por durante vários
minutos, até mesmo relatos de sons parecendo um jato cortando o céu
acima das cabeças que, logo em seguida ouviam uma
"explosão". Relatos sobre aparição repentina de "flashs"de
luz durante à noite também são comuns; dona Maria e um amigo já
observaram duas estranhas formações circulares no pasto. Gostaria de
citar que durante em uma das reuniões mensais realizados pelo nosso
grupo de pesquisa no ano 2000 , conhecemos um moço que nos relatou
ter ficado sentado por várias horas no topo da Pedra do Meio sobre um
tipo de marca estranha, mas infelizmente, três meses depois veio à
saber que desenvolvera câncer no testículo- será radiação?Durante
nossa pesquisa na "Pedra do Meio" utilizamos uma bússola de
precisão, onde em alguns pontos, a agulha da bússola desviava-se
repentinamente na direção desta pedra, evidenciando algum tipo de
anomalia ou alteração magnética, mas não pudermos determinar com
exatidão à causa desta alteração e numa região ao longo do
Paredão detectamos interessantes e estranhas "marcas"
sinuosas, mas temos dúvidas se foi feito por "alguém" ou
pela natureza. Nas proximidades desta região nos deparamos com uma
gruta de arenito, onde no seu interior achamos alguns detalhes que
lembram inscrições, mas precisam ser melhor estudadas; no final da
mesma há uma abertura que só pode ser adentrada arrastando-se no
chão, mas devido à falta de equipamentos apropriados não fomos mais
adiante. Numa outra região próxima as "Três Pedras",
atravessando uma mata relativamente densa dentro de propriedade
privada, chegamos até uma outra caverna, inclusive serviu de moradas
para índios no passado e, esta sim, com inúmeras "inscrições
estranhas" nas suas paredes, onde suspeita-se que o Frei Fidélis
tenha estudado à mesma. É muito prematuro afirmar qualquer dado
sobre à origem das tais "inscrições" e, muito menos citar
referência suméria sem um estudo arqueológico aprofundado nas
mesmas; um fato curioso: no interior desta caverna as luzes das
lanternas apagaram-se rapidamente, sendo as pilhas novas; utilizamos
uma bússola em diversas regiões no interior desta caverna e não foi
detectada nenhuma alteração no interior da mesma.
Acima
- Trilha de Botucatu
Frei Fidélis
Em relação as “Três
pedras” não devemos deixar de citar o curioso trabalho de Frei
Fidélis nas mesmas, onde designou-as (em sumério) como Ex_tu, o
“templo negro fálico”, onde supostamente seria à “sede” do
culto negro liderado por “Xumé”, tido como um sacerdote sumério;
para Fidélis seria o local da reunião dos “cantores negros”,
que seriam adoradores de satã ou “sa_an”(grande serpente), de
certa forma é a morada da serpente. Segundo Fidélis, as redondezas
de Botucatu era dedicado ao culto negro, por exemplo nos seus
estudos à base do seu conhecimento sumério Bofete(“Bofe_te”)
seria “região dos cantores negros”; Avaré (“Av_a_ré”)
seria “templo de todos os cantores”; Itu (“I_tu”) seria
“filhos do templo”; Anhembi(“An_hem_by) seria “templo
dedicado à serpente”; Tietê (“Ti_e_te”) seria “rio que
corre para o templo”e até mesmo na palavra Sorocaba, Fidélis
encontrou referência suméria, seria “Sor_ok_ab_a”, Isto é,
“cantores da serpente destruíram o templo”. Isso tudo só apara
citar à riqueza de rumores em torno das “Três Pedras”, onde
seriam visualmente os “ pés” de uma formação montanhosa ainda
maior conhecida com “Gigante deitado”, observado por aqueles que
passam pela rodovia Marechal Rondon em direção à Bofete, onde
nesta rodovia muitos
relataram “aparição de luzes” na direção das “Três
Pedras”. Curiosamente, citam que o tesouro dos Jesuítas (séc.
XVIII) foi enterrado na região por ocasião da perseguição de
Marquês de Pombal; citam até mesmo que abriram uma enorme vala
para jogarem todo o ouro em barras e, para garantir o sigilo do
local exato, mataram inclusive os escravos, enterrando-os junto com
o ouro.
Peabirú: o caminho perdido no tempo
Outro
objetivo de nossa expedição na região de Botucatu foi de achar
evidências de um lendário caminho para o interior da América do
Sul, sendo chamado pelos índios de “Caminho de Peabirú ou Peabiyú”
e os jesuítas designavam como “Caminho de São Tomé”, onde em
tupi-guarani “Pe”(caminho) e “abirú”(gramado
amassado) significando caminho batido. Em termos literários, este
caminho é citado pela primeira vez no livro “História da
Conquista do Paraguai, rio Prata e Tucumán”, escrito por Pedro
Lozano, padre jesuíta nascido em 1697; outras referências
importantes estrutura~~ao em outras obras, como a “Revista Comentário”
de número 49 (1971) do historiador Hernani Donato e o livro
“Peabiru- Os Incas no Brasil” , de Luiz Galdino (1999). Em
resumo, segundo as referências, o caminho possuía oito palmos de
largura ou cerca de 1,3 metros, sendo o ponto de partida `a região
de São Vicente (SP), mas na realidade já vinha beirando o litoral
desde de “Porto dos Patos”(SC) e Cananéia (SP). Os índios
afirmam que o caminho foi construído por Pay Sumé, mas os jesuítas
não acreditavam que os pudessem ter feito e atruía o feito ao apóstolo
“São Tomé; certamente o “Peabiru” foi à “porta de
entrada” para à colonização portuguesa na direção do interior
do estado de São Paulo até a sua proibição em 1533 pelo Tomé de
Souza, inclusive com pena de morte aos inflatores;
essa medida só foi tomada
para evitar o fácil acesso as colônias castelianas, pois
dava grande prejuízo à alfândega portuguesa através do
contrabando e, só para termos a idéia de como era relativamente fácil
o “trânsito” por este caminho, por exemplo, o gado introduzido
em 1502 na região de Cananéia, já estava presente em 1513 na
corte dos Incas no Peru. Só em 1603, o caminho voltou a ser
utilizado pelos os índios guaranis, mas qual seria o traçado deste
“estranho” caminho pelo o interior do estado de São Paulo?
Provavelmente seguia-se ao longo do vale do rio Tietê até a região
de Itu e Sorocaba e, seguiam em direção sul do estado de São
Paulo, dividindo-se em duas ramificações: uma à “esquerda”(ou
Sul), por Araçoiaba, Itapetininga , Itapeva e estado do Paraná,
onde há registros arqueológicos encontrados pelo prof. Igor Chmys,
da Univ. Federal do Paraná; outra ramificação seria à
“direita”, saindo de Sorocaba, passando por Bofete e pela Serra
de Botucatu, seguindo à “Cuesta” e o rio Paranapanema,
seguindo-se até o Paraguai e, supostamente ao Peru. Uma
curiosidade: próximo à Sorocaba, encontramos estranhas formações
rochosas com o perfil de rosto humano bem definido, onde especulamos
se tem algo à ver com o Peabirú.
Nas proximidades da região
das “Três Pedras” encontramos algumas picadas, adentramos pela
mata, sendo que em duas delas chegamos em belas cachoeiras e
atravessando rios límpidos e transparentes, mas havia uma picada
aparentemente bem definida, com terra batida e com algumas pedras
dispostas de forma organizada e, por estar dentro de uma propriedade
privada não pudermos explora-la além de alguns metros pois não
obtivermos autorização para ir mais adiante; quem sabe tenha ligação
com as histórias do Caminho de Peabirú, mas ainda não temos nada
conclusivo, mas temos absoluta clareza de que à região de
Botucatu, a aproximadamente 250 km da principal cidade do país, na
latitude 22o 52’20” à Sul, e longitude 48o
26’37” a oeste de Greenwich, além de ter sido um deserto num
passado remoto, esconde muitos mistérios que viraram lendas e fatos
do nosso passado histórico, até mesmo muito antes do Brasil ser
uma “simples colônia” portuguesa. À nossa exploração na região
não acabou, apenas esta começando...
Autor:
PAULO ANÍBAL G. MESQUITA
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