A Lemúria é um suposto continente perdido, mergulhado no Oceano Pacífico.
Esta idéia nasceu no século XIX, com especulações em torno de um
conceito conhecido como Catastrofismo – linha de pensamento que defende
as catástrofes como causas principais das mudanças geológicas ocorridas
no Planeta. Logo depois esta hipótese foi assumida pelos ocultistas, bem
como por uma população indiana, os Tâmil.
O nascimento e a queda desta civilização não podem, até hoje, ser
concretamente provados através de documentos e descobertas arqueológicas
importantes, embora muitos acreditem nesta possibilidade e busquem
estas evidências. Ao longo da História sempre apareceram narrativas
sobre sociedades avançadas, como as que também circulam em torno da
existência da Atlântida.
Mas o que se sabe hoje é fruto de uma ou outra pista arqueológica, de
lendas e teorias desenvolvidas por pesquisadores diversos e também por
grupos metafísicos.
Estes estudiosos divergem quanto à maior parte dos detalhes sobre a
Lemúria, mas todos acreditam que este continente floresceu durante a
pré-história, antes de submergir no oceano após a eclosão de fenômenos
geológicos como erupções vulcânicas, terremotos e prováveis invasões do
mar. Alguns cientistas discordam da possibilidade concreta da existência
de civilizações afundadas no oceano, e se valem de uma teoria
denominada Isostasia – a qual se refere às condições de equilíbrio
gravitacional do Planeta – para sustentar suas crenças.
Ao longo da evolução geológica da Terra, as eras glaciais têm
contribuído para cobrir de água e revelar trechos de terra mais vastos
ou reduzidos. Este fenômeno pode ter se cristalizado no inconsciente
coletivo dos habitantes desta esfera, gerando um saber agregado com a
passagem do tempo, por muitas e muitas gerações. A própria localização
geográfica da Lemúria causa polêmicas, variando conforme as pesquisas
realizadas. Mas sabe-se que a Natureza está em constante transformação.
No local mais provável da existência anterior deste continente
perdido, chamado por alguns de “Anel de Fogo”, depois de muito tempo
silenciosa, a terra volta a se convulsionar, como se percebe pela
eclosão, em 2004, de um tsunami nesta mesma região. Assim como os
lemurianos podem ter sido avisados muitas vezes antes da catástrofe
final, através de diversos sinais naturais, alguns estudiosos julgam que
novamente os habitantes desta área devem estar revivendo a mesma
história, e precisam estar atentos às advertências da Natureza.
Segundo uma antiga tradição, conhecida como hipótese reptiliana, a
Lemúria foi habitada por uma raça, chamada de ‘terceira raça’ pelos
teósofos – adeptos da doutrina criada por Madame Blavatsky, na sua obra
Doutrina Secreta -, meio humana, meio réptil, ou dragoniana. Povos como
os do Camboja, Austrália, Índia, e os pré-colombianos, entre outros,
cultivam esta convicção. Esta civilização teria sido muito avançada e,
por outro lado, ela foi acusada de exercício da magia negra, preço pago
pelas conquistas realizadas. Alguns historiadores interpretam este mito
como um símbolo de intensa erudição, daí a referência à serpente ou aos
dragões, que representam o conhecimento. A alusão às artes mágicas pode
também ser uma menção à tecnologia adiantada deste povo.
A teosofia, durante o século XIX, postulava que a Humanidade já havia
atravessado quatro fases pré-evolutivas, passando naquele momento pela
quinta etapa. Segundo eles, a quarta raça teria como modelo os atlantes,
moradores da Atlântida. Já a terceira estaria relacionada aos
lemurianos, com uma estrutura óssea cartilaginosa, três olhos – um deles
na nuca, atualmente transmutado na glândula pituitária, conhecida como hipófise,
centro de percepções extra-sensoriais. Eles seriam gigantes e
hermafroditas, depois bipartidos nos sexos masculino e feminino, quando
se iniciou a reprodução sexuada. Este momento, para os teósofos, seria o
princípio da queda da Humanidade.
Alguns procuram um elo perdido entre lemurianos e atlantes, mas eles
conviveram no mesmo período temporal por pouco tempo. Quando a Lemúria
se extinguiu, a Atlântida era uma civilização emergente, no auge de sua
evolução.
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